O Reino Unido deu um passo importante na proteção das suas infraestruturas críticas ao apresentar o Cyber Security and Resilience Bill, uma legislação que amplia a responsabilidade de empresas de TI e datacenters. O texto reconhece que prestadores de tecnologia tornaram-se parte essencial da operação nacional e que falhas nesses serviços podem comprometer setores inteiros. Por isso, o projeto exige transparência, agilidade e resposta estruturada em incidentes.
Pela proposta, fornecedores que atendem áreas essenciais como saúde, energia, água e transporte deverão informar incidentes ao National Cyber Security Centre em até 24 horas e apresentar um relatório completo em até 72 horas. Além disso, passam a ser obrigados a alertar seus clientes sempre que houver risco real de impacto nas operações. O governo também poderá classificar empresas como “vitais” e impor medidas adicionais de segurança, incluindo o isolamento de sistemas em situações críticas.
Esse movimento ocorre em um cenário de prejuízos anuais que já ultrapassam 15 bilhões de libras no Reino Unido. Interrupções em serviços essenciais podem gerar impacto ainda mais significativo, motivando o país a estabelecer regras claras para nivelar a maturidade de segurança em toda a cadeia de TI.
Para o Brasil, essa discussão é urgente. Ainda não existe um marco que responsabilize prestadores de TI que atendem setores críticos, nem uma política nacional unificada de notificação de incidentes. Com cada empresa operando segundo seus próprios padrões, o ambiente permanece exposto a riscos previsíveis. Seguir a lógica britânica não significa copiar modelos, mas adotar disciplina regulatória, validação contínua e exigência real de resposta.
Dica de prevenção:
Empresas brasileiras, mesmo sem obrigação legal, podem implementar processos de notificação interna, auditorias frequentes, pentests recorrentes e políticas de segurança alinhadas a padrões internacionais como ISO 27001 e CIS Controls. Isso reduz riscos, fortalece a operação e cria previsibilidade.
Ao final, o recado britânico é claro: cibersegurança é infraestrutura de Estado. Para fortalecer seu negócio e elevar sua maturidade de segurança, conheça os serviços da LC SEC em lcsec.io.

