A Itália deu um passo estratégico ao anunciar a criação de uma força cibernética nacional, reconhecendo formalmente o ciberespaço como um domínio operacional de defesa. A proposta, apresentada pelo ministro Guido Crosetto, prevê um corpo especializado com até 1.500 profissionais e um novo comando dedicado à guerra da informação. O objetivo é consolidar capacidades dispersas entre órgãos militares e civis e fortalecer a resiliência do país diante de ameaças híbridas e ataques contra infraestruturas críticas.
Especialistas destacam que a medida surge em um cenário em que conflitos digitais se tornaram constantes e multidimensionais. A distinção entre alvos civis e militares praticamente desapareceu, e ataques a redes, serviços e sistemas públicos já configuram ações hostis de alto impacto. Além disso, a fragmentação atual entre Defesa, a Agência Nacional de Cibersegurança, Interior e Relações Exteriores dificulta respostas rápidas, reforçando a necessidade de um comando único.
Um dos maiores desafios será formar o contingente de especialistas. Segundo analistas, a solução passa por aproveitar profissionais já existentes nas Forças Armadas, firmar parcerias com grandes empresas de tecnologia e criar um fluxo contínuo de capacitação. A proposta inclui até a criação de uma academia militar dedicada exclusivamente à cibersegurança, capaz de formar jovens profissionais desde cedo em temas como inteligência artificial, análise de dados e resposta a incidentes.
Outro ponto crítico é a disputa por talentos com o setor privado, que oferece salários mais altos. A estratégia italiana, porém, não busca competir, mas criar um ciclo natural em que parte dos profissionais migra para empresas estratégicas e continua contribuindo para a segurança nacional.
No cenário europeu, a iniciativa reforça a posição da Itália em programas de cooperação da União Europeia e da OTAN, ampliando soberania tecnológica e reduzindo dependências externas.
Dica de prevenção:
Empresas brasileiras podem aprender com o movimento italiano ao investir em políticas robustas, auditorias internas, treinamentos contínuos, pentests e monitoramento de ameaças. A preparação antecipada reduz riscos e fortalece a resiliência organizacional.
Em um ambiente global de conflitos digitais permanentes, fortalecer a segurança é indispensável. Para elevar a maturidade da sua empresa, conheça os serviços da LC SEC em lcsec.io.

