Um novo relatório da Cisco revelou um alerta importante para empresas que estão acelerando a adoção da inteligência artificial: a chamada “dívida de infraestrutura”. O termo descreve o acúmulo de sistemas legados, configurações antigas e ambientes de TI sem modernização adequada — fatores que estão se tornando um sério risco de segurança à medida que a IA se integra aos processos corporativos.
Segundo a pesquisa, mais de 90% das organizações afirmaram enfrentar dificuldades para adaptar suas infraestruturas às novas demandas de dados e automação geradas pela IA. Essa defasagem tecnológica tem levado a falhas de desempenho, brechas de segurança e aumento nos custos de operação. Em muitos casos, redes antigas, sistemas não segmentados e falta de visibilidade sobre fluxos de dados permitem que cibercriminosos explorem vulnerabilidades e comprometam ambientes inteiros.
A Cisco destaca que a corrida pela adoção de soluções de IA precisa ser acompanhada por uma estratégia sólida de segurança e atualização tecnológica. Sem isso, empresas acabam criando um ecossistema de alto risco, onde a inteligência artificial opera sobre fundações frágeis e expostas. O relatório também aponta que apenas uma minoria das organizações possui planos estruturados para corrigir essa dívida de infraestrutura nos próximos dois anos — um cenário que preocupa especialistas em cibersegurança.
Dica de prevenção: para reduzir o impacto da dívida de infraestrutura, as empresas devem investir em auditorias internas regulares, segmentação de rede, atualização de sistemas legados e planos diretores de segurança. A integração entre TI, segurança e governança é essencial para que a adoção de IA ocorra de forma segura, eficiente e sustentável.
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