A visibilidade da cadeia de suprimentos de software é fundamental para a segurança digital — mas, em 2025, a maioria das empresas ainda está “às cegas”. Apenas 23% afirmam ter visibilidade muito alta de riscos, enquanto 49% sequer conseguem identificar todos os pontos vulneráveis
Essa falta de transparência tem consequências reais: empresas com visibilidade muito baixa tiveram brechas em seus sistemas em 80% dos casos no último ano — um contraste gritante com os 6% de quem tem visibilidade elevada. Isso evidencia que enxergar o fluxo de software é o primeiro passo para evitar ataques.
Um fator que agrava o problema é a adoção crescente de IA e de ecossistemas de terceiros complexos, ampliando a superfície de ataque. No nível executivo, 40% dos CEOs veem a supply chain como o maior risco de segurança, seguido por CIOs (29%) e CTOs (27%. A visão de risco cresce ainda mais entre quem adota IA no desenvolvimento de software (39%) .
Na América Latina, apenas 50% das organizações se sentem preparadas para essas ameaças. Esse índice ainda é menor no APAC (44%). Ou seja, ainda há muito a evoluir em todos os continentes.
Dica de prevenção
Crie um mapa detalhado de todos os componentes de software usados: código próprio, ferramentas de terceiros, APIs e bibliotecas open‑source. Use SBOMs (Software Bill of Materials) para documentar essas dependências e adote scanners automáticos para detecção de vulnerabilidades. Estabeleça contratos claros com fornecedores que incluam cláusulas de segurança e auditorias periódicas. Por fim, implemente monitoramento contínuo em tempo real para detectar anomalias desde cedo.
A visibilidade da cadeia de software não é um luxo — é uma necessidade urgente. Com apenas 23% das organizações confiantes na sua visibilidade, aumenta exponencialmente a chance de falhas. Mapear, monitorar e exigir segurança de fornecedores deve ser prioridade.
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