A startup britânica Builder.ai, fundada em 2015, prometia revolucionar o desenvolvimento de aplicativos com uma plataforma "no-code" e uma assistente virtual chamada Natasha. A empresa afirmava utilizar inteligência artificial para montar aplicativos de forma automatizada. No entanto, uma investigação revelou que, na realidade, a empresa empregava cerca de 700 engenheiros na Índia para desenvolver manualmente os softwares, disfarçando o processo como se fosse automatizado.
Com mais de US$ 445 milhões captados de investidores, incluindo a Microsoft, a Builder.ai enfrentou acusações de inflar suas receitas em até 300% por meio de práticas contábeis irregulares, como o "round-tripping", em parceria com a startup indiana VerSe Innovation. Essa manobra envolvia a troca de faturas de valores semelhantes entre as empresas para aparentar um volume de negócios maior do que o real.
Em 2023, a credora Viola Credit congelou US$ 37 milhões da Builder.ai após a empresa não honrar suas dívidas. Posteriormente, a companhia entrou em processo formal de insolvência no Reino Unido, com um administrador judicial nomeado para tentar recuperar ativos. Autoridades americanas também abriram investigações, solicitando documentos financeiros detalhados e listas de clientes.
Este caso destaca os riscos associados à adoção de soluções tecnológicas sem a devida verificação de sua autenticidade e eficácia. Empresas devem ser cautelosas ao investir em tecnologias emergentes, garantindo que as soluções propostas sejam transparentes e realmente baseadas em inteligência artificial, e não em trabalho humano disfarçado.
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