Recentemente, foi identificada uma técnica de phishing avançado — chamada PoisonSeed — que burlar autenticação via FIDO2 (uso de chaves físicas). A campanha explora um recurso legítimo de WebAuthn (autenticação cruzada entre dispositivos), fazendo com que a camada MFA confiável seja comprometida de forma silenciosa
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Como o ataque funciona
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O usuário recebe um e‑mail direcionando-o a um site falso que simula portais corporativos, como Okta ou Microsoft 365. — Após inserir login e senha, um servidor man‑in‑the‑middle entra em ação, utilizando as credenciais no site real em tempo real
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Em vez de exigir uma FIDO2 física, o backend malicioso ativa o recurso de cross-device, que gera um QR code da sessão legítima
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Ao escanear esse QR no celular, o usuário, acreditando estar autenticando-se, na verdade aprova o login do atacante.
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É um downgrade, não uma falha
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Não houve exploração de bug no FIDO2 ou WebAuthn; os atacantes apenas utilizam um recurso intencionalmente previsto nessas tecnologias
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Consequências
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Ignora a exigência de interação física com chave FIDO, delegando esse passo ao celular via QR code — algo que o usuário tende a confiar cegamente.
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Destaca como mesmo sistemas considerados “à prova de phishing” requerem monitoramento de comportamento e contexto do jeito certo.
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Dica de prevenção
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Limite por localização geográfica: bloqueie ou exija verificação adicional para logins vindos de locais atípicos.
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Audite novas chaves FIDO: monitore registros de chaves desconhecidas e brands incomuns.
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Alterne a autenticação cruzada via Bluetooth: exigindo proximidade física do dispositivo, reduz-se riscos de QR remotos
O ataque PoisonSeed demonstra que inovar com MFA não elimina riscos — invasores buscam brechas nos processos, não nas tecnologias. Para fortalecer a segurança, é vital combinar autenticação robusta com políticas de monitoramento, treinamento e configurações restritivas.
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