Uma empresa brasileira chamou atenção ao utilizar um avatar de inteligência artificial para conduzir entrevistas de emprego. A solução, apresentada como inovação no setor de RH, é baseada em uma IA generativa capaz de interagir com os candidatos em tempo real, como se fosse um entrevistador humano. Embora a proposta prometa ganho de escala e padronização no processo seletivo, a iniciativa gerou polêmica entre especialistas em privacidade e segurança digital.
Segundo a reportagem da CyberSec Brazil, a entrevista é conduzida por um avatar que simula emoções, linguagem corporal e tom de voz. Durante a conversa, são coletadas respostas, entonações, microexpressões e até hesitações dos candidatos — dados que alimentam algoritmos de análise comportamental. A promessa é automatizar etapas do recrutamento com mais agilidade e menos viés humano. No entanto, os riscos não são poucos.
Especialistas alertam que a coleta e o processamento desse tipo de dado sensível podem abrir margem para manipulação, discriminação e violações à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Não está claro como os dados são armazenados, por quanto tempo e quem tem acesso. Além disso, a ausência de transparência sobre os critérios da IA pode resultar em decisões automatizadas enviesadas e difíceis de contestar.
Dica de Prevenção:
Empresas que adotam tecnologias baseadas em IA devem garantir total transparência sobre como os dados dos candidatos são usados. Aderir à LGPD não é apenas obrigatório — é essencial para evitar sanções e proteger a reputação da organização. Sempre que possível, realize uma auditoria de risco antes da implementação de soluções com IA.
A transformação digital no RH é inevitável, mas ela precisa caminhar junto com responsabilidade e segurança. Se sua empresa utiliza ou pretende adotar tecnologias de IA, conheça os serviços da LC SEC para garantir que suas práticas estejam em conformidade com a lei e protegidas contra riscos cibernéticos: lcsec.io
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